27 janeiro, 2016

Museu Solar Monjardim

Desde a época que estudei no CEFETES (hj IFES) passo em frente ao Museu Solar Monjardim e tenho vontade de parar lá para conhecer. Mas, como muitas outras vontades, não tinha então ido lá visita-lo.

Devido a conservação da edificação, utilizada como sede da fazenda de sal que ali existia antes das obras de aterro em Vitória, e a referência da arquitetura colonial brasileira, foi o primeiro patrimônio nacional a ser tombado do estado.

O Museu fica numa área bem arborizada, e para chegar a edificação é necessário subir uma rampa de leve. Esta rampa é de pedra, e como não vi outra entrada, não sei se tem alguma acessível no local.


Final da rampa de entrada


Bom, o Museu Solar Monjardim é administrado pelo Ibram, e não sei se é por isso, mas a visita foi toda guiada, o que foi ótimo, pois o guia foi apresentando cada detalhe da edificação e contando um pouco da história da época que ela foi edificada e utilizada pela família Monjardim.


'Trono', na dala de banhos

Escritório Monjardim

Vista da varanda da edificação

Capela da casa

Cerâmicas

Um pouco mais de ostentação

Hora de cozinhar!!!


A visita é rápida, não chega a tomar 40 minutos. Na parte interna da edificação, utilizamos uma proteção nos calçados, para preservar o piso da mesma. A única área que podemos tirar a proteção foi na cozinha, devido ao 'chão de pedra'. 

Quanto entramos, deixamos na recepção bolsa e afins. Aí demos a volta na casa para retornar a recepção, e aproveitamos para ver a parte de trás da casa.


Perfil da casa

Detalhes


Tocando o sino


Num platô intermediário é possível ver alguns canhões expostos e a distinção dos mesmos.


Canhões

Verificando os canhões


Este canhão menor, é o Caronada de Munhões, e foi projetado  para ser utilizado em navios. O do meio é o Canhão Padrão Armstrong, utilizado em fortificações e como canhão de caça em fragatas. O mais comprido, por sua vez, é um Canhão Tradição Fabril, que possivelmente possui fabricação anterior a 1660, e é um dos canhões de ferro mais antigos remanescentes no Brasil.

O Museu conta com banheiros e bebedouro. Mas como a visita é curta, uma garrafa de água resolve problemas de hidratação. 

Manu se comportou, mas o fato de não poder encostar nas coisas a incomodou um pouco. Tínhamos que a todo momento lembra-la que não podia encostar em nada. Como a visita foi curta e o guia dava atenção a ela, deu para driblar este 'detalhe'. Acrescento aqui que Manu ainda não entende o termo 'a muito tempo atrás' ou 'a 100 anos atrás', e por isso para ela ali era uma casa, simples assim.

Indico a visita, que pode ser intercalada com outros pontos turísticos de Vitória!

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21 janeiro, 2016

Lagoa de Caraís - Parque Estadual Paulo Cesar Vinha - Guarapari/ES

A algum tempo queria fazer um passeio pelo Parque Estadual Paulo Cesar Vinha e aproveitar a Lagoa de Caraís (ou de Coca-Cola, como é conhecida pelas cores das suas águas). Entretanto, por um período de tempo que não sei dizer quando começou e só acabou em dezembro do ano passado, o Parque só estava abrindo nos dias de semana. Aí meio que quebra para quem tem trabalho formal! Mas, por graças a algum gestor que analisou os dias de aberturas dos Parques Estaduais, agora não só os Paulo Cesar Vinha, como os demais, abrem nos finais de semana (ebaaaa).

Assim que li a notícia da abertura dos Parques Estaduais nos finais de semana, nos preparamos e já no primeiro sábado de janeiro estávamos nós no Cesar Vinha. O parque possui uma grande área de Restinga preservada, na qual é possível fazer trilha de nível fácil. Mas sem desmerecer a flora do mesmo, a grande atração é a Lagoa de Caraís: suas águas são translúcidas, mornas e de coloração marrom (devido a presença das raízes).

Para entrar no Parque, basta seguir rumo a Guarapari (saindo de Vitória) e prestar atenção nas placas de sinalização viária após o pedágio da Rodosol. No viaduto que pode-se ir para Meaípe ou Guarapari-Centro, deve-se fazer o retorno, e rapidamente é visualizada as placas indicativas do Parque. Na entrada do mesmo, tem local para estacionar o carro (se chegar cedo, até com sombra) e guardas que podem tirar alguma dúvida. 

No receptivo do parque há área para um breve descanso, banheiro e bebedouro. Aqui fica a dica de levar uma squeezer (ou uma bela garrafa de 2 litros) e encher de água. Devido ao tempo que separar para o passeio, também deve-se considerar levar algo para comer, visto que no parque não há venda de alimentos.

Alojamento para pesquisadores, banheiro para visitantes e bebedouro

Bancos para Educação Ambiental e área de descanso

Início da trilha


Optamos por fazer a Trilha da Restinga, que são 1,5 km de trilha nível leve (e dependendo do horário, na sombra) pela Restinga + 1 km pela praia até chegar a Lagoa de Caraís. Antes de iniciar a trilha, fomos conversar com um guarda do parque, para saber se tinha alguma particularidade que devíamos tomar mais atenção e se ele tinha alguma dica para o passeio. Ele gentilmente falou que a trilha era muito tranquila de fazer com Manu, e perguntou se estávamos com guarda-sol. Como não levamos para este passeio o mesmo, ele nos informou que dava para pegar o guarda-sol emprestado no parque, deixando apenas um documento de identificação com o monitor do parque. Com esta dica, não perdemos a oportunidade de levar um guarda-sol conosco!

Início da Trilha


A primeira parte da trilha (1,5 km) é feita por uma trilha aberta na Restinga. Logo no início há uma placa com o que pode e não pode ser feito na área do parque, e outras apresentando a flora/fauna do mesmo e com algumas curiosidades.

Placa Informativa do Parque

Início da trilha - vegetação ainda baixa

Placa apresentando o Brejo Herbáceo

Algumas informações da Mata Seca

Vegetação já de porte médio

Placa no final da primeira parte da trilha: Vida Marinha

Final da primeira parte e início da segunda!


O próximo quilômetro pode ser percorrido desdo o início pela praia, o que é mais fácil, visto que nesta etapa a areia já está bem fofa e pela praia, na parte molhada, é mais fácil de ir andando.

Segunda parte: 1 km pela praia

Manu fazendo a trilha com Luciano


Na primeira parte da trilha, Manu fez uma parte no colo e outra andando. Já na segunda parte, ela fez andando toda ela. Encontrou um graveto e usou ele de guia durante a trilha. No final da trilha e já perto da lagoa, há uma piscina natural que se forma na maré baixa. Chegando, foi montar o guarda sol, estender a canga e cair na água.

Piscina de águas salgadas: final da trilha

Cantinho montado


Escolhemos ficar bem perto da lagoa, na ilusão de que Manu brincaria em algum momento sombra do guarda-sol. Bom, ela mal quis sair da água para comer. Acho que só para almoçar conseguimos fazer ela sentar por alguns minutos.

Lagoa de Caraís: reconhecimento 

Águas Translúcidas

Manu solta como um peixe

Aproveitando

Nem para comer maça a bonita saiu da água!

Nós


A lagoa é formada (de acordo com informações do monitor) por águas da chuva e também pela intrusão salina. Devido a este fato, ela é levemente salgada (salobra) e como fomos logo no início de Janeiro, depois de um período de estiagem longo, ela estava com o nível bem baixo - rasa. Assim, Manu ficou solta (sob nossos olhares, lógico), aproveitando toda a extensão da Lagoa. Se ficássemos quietos perto da área que tinha algas, dava para ver vários peixinhos - muito legal!

Observamos que algumas pessoas desciam de caiaque. Já tinha lido sobre, mas não tinha me despertado atenção. Pois bem, depois de algum tempo na lagoa, o Luciano foi conversar com o monitor e ficamos sabendo que o preço por pessoa era 25 reais. Demos a sorte de um casal descer com o caiaque e querer retornar pela trilha, aí subimos de caiaque. Para quem tiver interessado, indico ligar para o Parque e pegar o contato de um instrutor que faça o passeio. Sobre a subida: não foi muito fácil. Como o nível da lagoa está bem baixo, as vezes o caiaque 'grudava' nas algas e tinha que usar a força para sair dali, sem contar do vento contra. Mesmo raso, não é indicado descer do caiaque e ir puxando ele, visto que não dá para saber com certeza se o fundo pode ser pisado.

Lagoa de Caraís

Suco de abacaxi antes de  remar!

Vista do meio da lagoa


Depois de remar, ainda é necessário fazer um pequeno pedaço de trilha para chegar ao receptivo. Chegando ali, aproveitamos para secar Manu e trocar a roupa dela e retornar para Vitória. Aproveitei e reparei melhor nas coisas que ali tinham expostas, e me chamou atenção o risco de incêndio do parque: estava ALTO. Tal fato era devido a estiagem e também ao período do ano. Fica aqui o alerta também!

Risco de Incêndio


Como de praxe por esta família, fizemos uma parada na Doceminas para tomar um café da noite (literalmente fechamos o parque!). Indico para quem estiver passando pela Rodosol. Só fique atento a parada, para não deixar ela passar, pois não tem muitas placas indicativas da mesma na rodovia.

Para este passeio, indico levar muita água, sucos e líquidos diversos. Também é bom levar alimentos leves, como frutas e biscoitos. Quem quiser ficar mais tempo, leve algo para almoçar, mas cuidado para não deixar cair na areia e nem na água. Protetor solar, chapéu e blusa com proteção também são bem vindos. Como fomos no primeiro dia do primeiro final de semana que a parque voltou a abrir e já tinha uma quantidade de pessoas considerável, indico levar o guarda-sol (invés de contar com a sorte de pegar no parque). Bom, no mais, é aproveitar, porque o lugar é lindo!!!  

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18 janeiro, 2016

Vale das Cachoeiras - Piapitangui - Viana

Amo praia, mas não posso negar meu fascínio pelas cachoeiras. Quando vi no instagram do Capixaba da Gema que tinha uma mais perto de nós do que imaginava, logo mostrei a matéria para o Luciano e fomos avaliar de ir conhecer o Vale das Cachoeiras - Piapitangui em Viana com a pequena. Em outro blog, o Destinões tem o caminho do Vale mais detalhado, e depois de ler tudo com atenção, julgamos possível o passeio, pelo menos para a Cachoeira 'principal'.

Ainda em casa, sabendo que lá não tem água potável e nem nada para comer, preparamos o nosso kit de alimentação para o dia: suco natural congelado, água, frutas (aqui aconselho a colocar em alguma vasilha plástica, para evitar que amasse durante o percurso - e coloque umas bananas, que será bom para dar energia) e um almoço prático (para estas ocasiões, estou fazendo arroz de carreteiro). Como a pequena pediu, entrou também um pacote de biscoito recheado (que às vezes liberamos para ela aqui em casa). Tudo devidamente ajeitado numa mochila, partimos rumo à aventura do dia. 

Chegar de carro até o local que dá para deixar o carro, seguindo apenas a montagem apresentada no Capixaba da Gema é fácil. Para a parte da trilha, indico carregar as trilhas do Destinões no celular e ir conferindo no caminho.

Seguimos a trilha tida como 'mais fácil'. E o que dizer dela: o início é pesadinha, subir uma ladeira boa já de cara pode fazer perder o fôlego. Mas no final, tem  uma parte 'quase' plana, que dá para seguir andando mais tranquilo. O que chamo atenção aqui é a parte final da trilha, que devemos descer para chegar à cachoeira. Ela é bem inclinada, e embora tenha uns cipós para ajudar a descida, não indico ir em dias de chuva (ou que tenha chovido na véspera). Para percorrer a trilha, o Luciano foi com a Manu no colo (na parte plana, ela andou um pouco) e eu fui levando a mochila. Aí é bom tentar concentrar tudo numa única coisa, de preferência fácil de carregar e que deixe as mãos livres.

Início da subida: os pontinhas lá em baixo são os carros

Uma panorâmica do visual da trilha

A parte 'quase' plana

Início do último trecho: acredite, aqui é hard!

Para os corajosos, este é um perfil da trilha pesada (fomos pela leve)


Foram cerca de 30 minutos em ritmo bom de caminhada para chegar na Cachoeira. E como compensa. As águas são cristalinas, e tem uma parte boa que é mais rasa - o que amamos! Onde nas fotos a cor da água está meio esverdeada, é porque ali é mais fundo - onde dá para 'pular da pedra'.

Manu aproveitando!

Cachoeira: foco na parte rasa!

Cachoeira abaixo

Água esverdeada: onde o pessoal pula da pedra - deve ter uns 2 metros de profundidade

Foco para a grande parte rasa: mobilidade para Manu

Aproveitando

Parte mais rasa: uns 40 cm de profundidade

Vista da parte rasa

Nós

Águas cristalinas

Será que Manu aproveitou?

Praticando o equilíbrio!


Como chegar ali não foi uma tarefa fácil, e sabíamos que assim seria, levamos mantimentos para passar o dia - literalmente. Manu almoçou, comeu biscoito, banana e tomou muito suco e água. Assim, não teve neura dela não ter se alimentado bem ou algo do tipo. Quando deu umas 15 horas, começou a dar uns pingos de chuva. Cientes de que subir a última parte da trilha com Manu não seria fácil, e com chuva não seria nada legal, arrumamos as nossas coisas e fomos rumo ao carro antes de qualquer imprevisto.

No nosso kit alimentação tem uma toalha de piquenique. Aproveitamos ela para fazer um slim e assim o Luciano pode subir a parte trash da trilha com as mãos livres. E não é que a pequena aproveitou, assim que começamos a parte 'quase plana' ela relembrou os tempos de bebê e tirou um soninho até o carro!

Manu chochilando

Vista da trilha: retornando

Chegando no 'Parking'


Deixamos no carro toalhas, mudas de roupa (principalmente para trocar Manu e ela não ficar no ar do carro com roupa molhada) e um biscoito reserva. 

Não chegamos a percorrer o Vale e conhecer outras duas cachoeiras: uma rio abaixo e outra rio acima. O caminho para elas era com pedras e preferimos não abusar da sorte com a pequena. Mas para quem puder percorrer, não perca a chance. Daqui a alguns anos, quando Manu conseguir ir sozinha (entenda aqui, sem ser no colo), vamos conhecer também!

Sobre o passeio: leve também repelente. Levei por acaso (estava na mochila) e agradeço por ter encontrado ele lá. Quando não se está na água, mesmo com protetor solar, os mosquitos aparecem para dar o ar da graça (principalmente quando estávamos indo embora). Passar repelente no caminho de volta garantiu chegar no carro sem stress. Leve também muito líquido. Fomos num dia nublado, e mesmo assim suamos bastante na trilha.

Fomos (inocentes!) de chinelo. A dica aqui é ir com um calçado de trekking ou um tênis com um bom solado e lá ficar descalço. Teve trecho  que foi melhor ir descalço para não escorregar que prosseguir de havaianas.

No mais, aproveite o local. Lá é muito bonito! E não deixe lixo nem lá nem no caminho!

ATUALIZAÇÃO: Ontem (11/06/2016) Fiquei sabendo que o acesso as cachoeiras está fechado. Motivo: a galera estava abusando e deixando lixo por lá! Uma pena!

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