24 março, 2017

Circuito da Prainha - Museu Atelier Homero Massena - Vila Velha - ES

Antes de falar do Museu Homero Massena, vamos falar do artista Homero Massena. Nascido em Barbacena (MG), Homero veio cedo morar em Vila Velha (ES). Jovem ainda descobriu o dom artistico, e embora tenha se formado em odontologia, pouco exerceu a profissão. De acordo com relatos do site da Prefeitura de Vila Velha, Massena estudou na Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro e Minas Gerais, e também na Academia Julien, em Paris. Entre as diversas atividades que exerceu, destaca-se o jornalismo, afinador de piano, relojoeiro, saltimbanco e politico. Foi também responsável pela fundação do Centro de Artes da UFES.

Pintor e escritor, Homero Massena se destacou no cenário capixaba. Pintou o teto do Teatro Carlos Gomes (Vitória - ES) e suas mais de 10 mil obras estão espalhadas pelo Brasil, segundo Renata Bonfim, do blog Letra e Fel. Homero recebeu em vida muitos prêmios e condecorações, reconhecendo a sua arte, das quais destaca-se a Medalha de Ouro da Sociedade dos Artistas Nacionais. Do Estado do Espirito Santo, recebeu o titulo de Cidadão Espirito Santantese e uma de suas maiores obras, Solidão, encontra-se atualmente no Palácio Anchieta (Sede do Governo do Espírito Santo). Não obstante, Homero teve suas obras expostas na Galeria Rembrandt, em Paris.

Apresentado de forma muito resumida Homero Massena, vamos ao Museu. Localizado na Prainha, em Vila Velha, o Museu Homera Massena é atualmente onde era a residência do artista. Mineiro apaixonado pela cenário das praias capixabas, sua residência era uma típica casa de praia da década de 40-50 (Quem for visitar hoje, verá que não é tão mais perto assim do mar, mas isto devido as obras de terraplanagem que a região sofreu com os anos).


Museu Atelier Homero Massena


O interior do Museu retrata como era o Atelier e vida de Homero e d. Edy (sua segunda esposa). Casa simples e com esmero nos pequenos detalhes, é possível viajar para a tranquilidade que o lugar te passa. Um dos quartos da casa era o local de trabalho de artista. Nele, é possível observar como era o ritmo de trabalho de Massena, seus objetos pessoais de trabalho e a vista que devia o inspirar. Alguns quadros e obras também estão ali expostos.

Artista impressionista, Massena se destacou por trazer o observador para dentro da sua obra - que muda de acordo com a distância que se toma dela e a luz do momento. Magnífico!


 Atelier

 Algumas fotos do artista

 Ferramentas para as criações


No outro quarto, era dedicado ao casal, que na época dormiam em camas separadas. Destaca-se o detalhe sobre a rachadura próxima a porta, delicadamente pintada.


 Quarto do casal Massena

 Detalhes que fazem a diferença


Na ocasião do nosso passeio pelo Museu, havia uma obra de Massena exposta que foi emprestada por um colecionador. Esta obra me lembrou muito o Solar de Monjardim, mas o monitora (sim, tem um monitor para te contar tudo sobre o local) não soube confirmar se era. 


 Figueira do Tiradentes (1942), obra de Massena emprestada ao Museu


O empréstimo da obra era devido a comemoração dos 30 anos de Fundação do Museu (criado em 1986). Massena morreu em 1974, e a sra. Edy passou então a buscar meios de transformar a sua então residência em um Museu. Conseguido, ela também veio a falecer.

Segundo relatos (do monitor e de diversos blogs) Massena dizia que melhor que Vila Velha, apenas Paris. E este amor pela cidade é observado em diversos detalhes em sua casa, como por exemplo um mini-quadro em homenagem a Nossa Senhora da Penha, o Convento.


 Homenagem a Nossa Senhora da Penha


Sobre estar numa casa-museu com uma criança: foi tranquilo. Manu perguntou de tudo e quis encostar em tudo - como criança curiosa que é. Ir explicando primeiro para ela o que era e depois tentar observar as obras e detalhes com a atenção que era merecida, ajudou. Estar em dois para dividir a tarefa, também. O Ateliê, as tintas e pinceis e um quadro inacabado foram o que despertou a atenção da pequena - até o momento que ela abriu a gaveta do quarto do casal Massena e pegou a caixinha de joias. Aí, aproveitamos para além de perdir desculpas, explicar o por que não era legal mexer ali. A monitora foi super empática, o que também ajudou muito.

O Museu fica aberto para visitações de segunda a sexta, das 8h às 17h e; aos sábados, das das 10h às 14h. Ele está localizado na Avenida Beira Mar, 175, Prainha, e faz parte dos monumentos do Centro Histórico da Prainha.

Ainda tá pensando o quanto vale o passeio? Outros blogs contaram a experiência de conhecer o Museu Atelier Homero Massena, como o Destinões, O Baú do Viajante e o Capixaba quer sair de Casa. Dá uma conferida nos posts deles também, e deixe a oportunidade passar!

Marcadores: , , , , , , , , ,

09 março, 2017

Galeria Homero Massena - Centro - Vitória - ES

A Galeria Homero Massena, localizada na Cidade Alta, Centro de Vitória e próxima ao Palácio Anchieta, funciona desde 1977 e é um espaço da Secretaria de Estado da Cultura (SECULT), voltado principalmente para a produção contemporânea de artes plásticas.

Diversas são as exposição que ocorrem na Galeria. Sua missão é 'promover o reconhecimento de novos talentos capixabas na área de artes visuais por meio de ações que valorizem a interação com a comunidade, a inclusão social, a prática da cidadania e difusão do conhecimento'. A Galeria funciona de segunda a sexta, das 9h às 18h e aos sábados, das 13h às 18h.

Neste ano de 2017, a Galeria completa 40 anos, e as comemorações começaram com a exposição Acervo de Afetos, que por sua vez reúne obras de Arte Naïf voltadas para o público infantojuvenil. A exposição teve seu início em 02 de Fevereiro, e vai até 15 de Abril. 

Entrada da Galeria


Mas e o que é Arte Naïf? É na realidade uma vertente artística de representação instintiva, na qual a espontaneidade se sobressai à técnica. É a arte ingênua, inocente - e por isso do agrado do público infanto juvenil.

A entrada da Galeria já estava estilizada, própria para agradar o seu público chave. E pensando nos pequenos, as obras estavam devidamente alocadas para o conforto visual deles.

Vista da Galeria na entrada

Quadros baixos

Para os adultos melhor observar: a dica é abaixar!

Abaixou? Aí fica tranquilo de apreciar!

Detalhe das obras: quadro + teto


Além dos quadros devidamente expostos, com temas cotidianos e de paisagens comuns aos capixabas, havia também uma parte interativa - pensando no público infantil e adulto! Eram quebra-cabeças de diversos formatos, tamanhos e grau de dificuldade, além de uma moldura e fundo para possar para uma foto.

Quebra-cabeça

E na tentativa e erro, ele foi sendo montado!

O cuidado da pequena colocando a última peça

Esse montamos uma infinidade de vezes - e cada uma com uma obra diferente

Foto nas nuvens


Os obras expostas são de autoria de Ângela Gomes, Elpídio Malaquias, Luiz Natal, Nice e Rômulo Cardozo. Retratam o Cais de São Mateus, Estação Ferroviária de Marechal, Tartarugas, Pescaria, Cacaueiro e Aves, entre outros. Ao todo, acredito que em uma hora seja suficiente a visita a exposição + interação.

Aliás, a possibilidade de interação com as obras foi ótima, e confesso que sinto falta disto em muitos museus e exposições que vamos com a pequena. Observando que este é um ano comemorativo para a Galeria, ficar de olho na sua programação é uma dica quente!

Como a Galeria é próxima ao Palácio Anchieta, vale a pena um pula lá, para quem não conhece. 

Marcadores: , , , , , , , , ,

04 março, 2017

Visita a Chocolates Garoto (Museu e Loja)

Na busca por passeios possíveis de fazer no meio ao trabalho e correria do dia a dia, fomos com a bonita conhecer a Chocolates Garoto, em Vila Velha - ES.

Definido o destino a se conhecer, hora de buscar informações sobre o lugar, no site da Garoto. Lá tem todas as informações necessárias para a visita a fabrica, museu e loja. E dentre estas, a que nos fez deixar a visita a fabrica para uma outra ocasião, já que é necessário ter 7 (sete) anos para se adentrar a área industrial. Mas caso tenha interesse na visita a fabrica, os blogs Guia Capixaba, Viagem a Bordo e o Terra Capixaba tem posts sobre a visita.

E enquanto a pequena não completa seus 7 aninhos, fomos conhecer o Museu e a Loja da Garoto, que tem também o seu charme! No auge dos seus três anos, a refeição preferida da Manu é chocolate - se pudesse, seria chocolate de café da manhã, almoço e janta. Então, você já pode imaginar a ansiedade da pequena em conhecer 'um museu de chocolate'. Fomos até a Garoto de carro, e pudemos deixar o mesmo estacionado em uma área própria para clientes em compras (o que faríamos após a visita ao Museu). Mas também é possível chegar ali de ônibus.

As visitas ao Museu são gratuitas e duram em torno de 30 min. Elas meio que são guiadas. Aqui digo meio porque tem uma funcionária que acompanha a visita até o Museu, que está dentro da área industrial da Garoto. Mas infelizmente, nesta visita que fizemos com a Manu, ele não explicou sequer como nasceu a fabrica e a história do bombom serenata, por exemplo. Não sei se simplesmente não demos sorte, mas em visitas anteriores (lá nos anos 2000), tinha o prazer de escutar tudo sobre chocolate no Museu, desde a origem lá com o povo Asteca até como o se tornou nobre na Suiça. Para Manu, que não tinha outros passeios como referência, ver vários formatos de chocolate eram de dar água na boca e isso a contentou.

Manu com foco nos coelhos e papais noéis!

Compre Baton!!!!!

Não, não são livros!

Dos áureos tempos dos bombons garotos!

Mesmo não contando com a explicação da guia, deu para aproveitar e relembrar como a Garoto participou da infância. Ver os diferentes tipos de produtos que antes eram produzidos dá um certo ar de nostalgia, mas também nos lembra que a vida é curta - e pode ser doce sim!

Na visita ao Museu não é possível beber água e nem ir ao banheiro. Caso queira uma destas opções, tem que ir antes de entrar na área industrial ou esperar até a visita acabar.

Serenata de Amor - quem nunca desejou um destes de sobremesa?

Uma das amarelinhas favoritas!

As várias roupagens da pastilha de hortelã!


Acabando os 30 minutos do Museu, fomos guiados para a entrada da Fabrica, de onde nos dirigimos para a loja da Garoto. Bom, como no Museu a bonita não pode tocar em nada, na loja ela ficou igual 'um pinto no lixo'. Acho que a pequena nunca tinha visto tanto chocolate antes, e este foi o momento mágico do passeio para ela. Como somos bondosos, deixamos ela escolher quantos bombons sortidos ela queria dos que ficam expostos a granel (ótimo para quem tem um preferido e quer se empanturrar dele). Como criança que é, ela escolheu 5 bombons e saiu feliz dali!

Escolhendo os bombons!

Por que se não futucar tudo não conta!

Além dos produtos que estamos acostumados a ver nas mais diversas gondolas, há também na loja alguns produtos exclusivos, como caixas comemorativas, bolsas, camisetas e por ai vai. Até toalha de praia com a marca é possível adquirir por ali. Os preços, ao contrário do que podemos pensar num primeiro momento, não é mais barato que nas lojas. Isso se dá, possivelmente, devido a desleal concorrência que seria se a Garoto fizesse o contrário.

Maleta do Caixeiro Viajante - do início da Fabrica

Medindo para saber se já pode comer mais de um bombom!

Um abraço no Garoto!

Sorriso espontânea da Manu para a foto!


Na loja, há bebedouro e banheiro, para quem aqui desejar! Acredito que aqui gastamos cerca de 30 minutos, tal como no Museu.

Mesmo sem ter ido a fabrica, o passeio é uma boa pedida para quem estiver de visita ao ES. Mas se tiver mais que 7 anos de idade, a dica aqui é olhar a agenda de visita á fabrica e fazer o passeio completo. 

Manu, no auge do amadurecimento dos seus três anos, curtiu demais a loja e saiu feliz com os seus 5 bombons. Eu, que já tinha visitado a fabrica e museu algumas vezes, fique triste de ver a queda de qualidade do serviço oferecido no Museu. Mas vai que foi só azar que demos?


Marcadores: , , , , , , , ,