30 outubro, 2018

Inhotim - Brumadinho/MG

Conhecer Inhotim era uma vontade antiga, desde quando Manu ainda engatinhava. As fotos deste Museu sempre chamavam atenção, e o verde envolta das obras só aumentavam a vontade de conhecer o Instituto. 


Instituto Inhotim - Brumadinho - MG

Idealizado em uma propriedade particular pelo mineiro Bernardo de Mello Paz, Inhotim começou com a visitação de escolas da região, e em 2006 foi aberto ao público geral. Antes de completar 10 anos, Inhotim passou a ser merecidamente reconhecido na mídia nacional como o maior centro de arte ao ar livre da América Latina e um dos mais importantes acervos de arte moderna do Brasil. 


Como chegar em Inhotim

Localizado em Brumadinho, a cerca de 60 quilômetros de Belo Horizonte,  para visitar Inhotim é possível fazer tanto o bate-volta da capital mineira ou escolher uma das aconchegantes pousadas de Brumadinho e se hospedar por ali. Tudo irá depender de quanto tempo irá destinar ao Instituto.

No nosso caso, tiramos um dia inteiro para o passeio, e preferimos ficar hospedados em Belo Horizonte. O deslocamento de Belo Horizonte até Inhotim foi feito com carro, seguindo pela BR 381 em direção a Betim/São João de Bicas. A saída para Inhotim é bem sinalizada, mas seguir o GPS é uma boa. O blog Viaje na Viagem fez um roteiro bacana com todas as opções para chegar em Inhotim, e para quem vai testar outros modais de transporte, aconselho a leitura.


Onde Comer em Inhotim

Já esperando que os visitantes passariam ao menos o dia em Inhotim, o Instituto reservou espaços para a alimentação. São dois restaurantes (Tamboril e Oiticica), o bar do Ganso, o café das Flores, uma lanchonete próxima a galeria True Rouge e uma hamburgueria próximo a galeria Galpão espalhados pelo instituto. Boa parte fecha às 17 horas, mas como alguns podem fechar antes, vale a pena conferir o horário de onde deseja comer.

Nós almoçamos no Oiticica, pois o restaurante Tamboril estava em reforma quando fomos a Inhotim. O pequeno detalhe é que não perguntamos isso na entrada, andamos em direção ao Tamboril por volta das 13 horas e chegando lá descobrimos que teríamos que nos deslocar ao Oiticica. Então fica a dica de conferir se está tudo certinho com as praças de alimentação. 

Sobre o Oiticica - a comida é muito saborosa, e sempre são repostas as opções de buffet. Não considero que valha a pena as sobremesas de lá, pois são caras e não são tão apetitosas. Diferente das opções de drinks e da carta de vinhos - vale a pena experimentar algo que combine com suas opções para o almoço.

O blog Viagem e Gastronomia fez um post bem legal falando dos restaurantes de Inhotim e do que esperar no Tamboril. Recomendo a leitura caso queira também casar a visita ao Instituto com experimentações gastronômicas. Embora tenha alguns bebedouros pelo instituto, aconselho aqui carregar uma garrafa com água e alguns lanche leve contigo.


O que fazer em Inhotim

Ir com a pretensão de visitar todo o acervo de Inhotim em um dia pode até ser seu objetivo, mas acho que aí não teria tempo para de fato apreciar as obras e o seu entorno. Por isso, acredito que o mais viável, caso tenha alguma parte ou artista que deseja muito ver, já identificar em qual área do Instituto ele está localizado, e ir aproveitando as obras, galerias e jardins que estão no caminho.

Já li que para conhecer todo o acervo seriam necessários ao menos dois dias. No passo que a gente fez a visita, chutaria uns quatro. Poder parar para apreciar o entorno, respirar, fechar os olhos, escutar os pássaros e poder comer com calma também apreciando o menu do Museu faz parte da experiência - e por isso, não se prive destes momentos de prazer.

Antes de ir a Inhotim, fui buscar informações do que era imperdível e as dicas do que fazer em um dia. Freneticamente anotava a obra que queria ver de acordo com os posts que ia lendo, até que li um onde a dica era ir sem uma programação, para deixar as obras te surpreender. Na hora, parei a busca e tentei limpar a mente de toda influência que tinha tido até ali, e segui essa dica. 

Chegamos a Inhotim logo cedo - às 9h30 - na tentativa de aproveitar o máximo o dia por ali. Enfrentamos uma pequena fila para comprar os ingressos, e em menos de 15 minutos já estávamos entrando no museu. Optamos por não comprar o passe do carrinho (até porque não queríamos seguir nenhuma rota e aproveitar o máximo do paisagismo do local). Ao entrar, fomos a beira do lago próximo a entrada, sentamos com o mapa e Manu escolheu o primeiro lugar que iríamos. 

Sobre os carrinhos - como Inhotim é grande, é possível junto com o ingresso adquirir passes que lhe permitem andar nos carrinhos (tipo aqueles de golf) pelo Instituto. Para tal, é necessário que escolha um eixo de orientação (laranja, amarelo ou rosa) e compre o passe para aquele eixo. 

Entrada do Instituto e os carrinhos de deslocamento interno (caso tenha adquirido o passe para tal)

Manu escolhendo a primeira obra que iríamos ver

Durante todo o dia, ora íamos pelo caminho que queríamos seguir, ora seguindo as sugestões dos monitores e outras escolhendo no mapa uma galeria para visitar e aproveitando o caminho. Não chegamos a visitar nem 30% de tudo o que tem em Inhotim, mas aproveitamos plenamente cada espaço visitado - inclusive almoçando calmamente. Também nos perdemos pelas trilhas em alguns momentos, e na intenção de chegar a determinada galeria, paravámos em outras locações.

Do que vimos, Manu interagiu bastante com a Galeria Cosmococa. Fomos a esta galeria orientados por uma das monitoras de Inhotim, enquanto estávamos na Galeria Cildo Meireles. A Galeria Adriana Varejão também foi uma grata surpresa. Mas não dá para falar de Inhotim sem mencionar o paisagismo - os lagos, palmeiras, árvores e todas as cores encantam. Os jardins temáticos também são encantadores - e merecem um tempo de apreciação.

Lago - Inhotim

Esculturas em Bronze - Sem nome - Edgard de Souza - Inhotim

Brincando com as palmeiras - Inhotim

Invenção da cor, penetrável Magic Square #5, De Luxe do artista Hélio Oiticica - Inhotim

Galeria True Ruge - Inhotim
Lago em frente da Galeria True Ruge - Inhotim

Manu, faz uma pose bem bonita - taí!

Seriam as cores do outono em Inhotim?

Largo das Orquídeas - Inhotim

Abusando do paisagismo de Inhotim

Sobre o tamanho da natureza - Inhotim

Mais dos lagos de Inhotim

Um pouco da Galeria de Cildo Meirelles

Um pouco de nós três em Inhotim

Calecanto provoca maremoto - óleo e gesso sobre tela - Adriana Varejão

Galeria Adriana Varejão - Inhotim

Jardim Veredas - Inhotim

Piscina - Jorge Macchi - Inhotim

Aqui são apenas algumas fotos do que vimos. Estar em Inhotim é fascinante, e Manu se amarrou em tudo - e reclamou de não termos levado biquíni (então já fica a dica). Outra coisa boa é pensar num calçado confortável - mesmo com o transporte interno, acredito que se ande muito em Inhotim.

Galpão - Inhotim

Um pequeno detalhe que até poderia fechar este post omitindo é o fato que fomos praticamente expulsos de Inhotim. Isso mesmo! Mas calma lá, não foi por vandalismo e nem nada do tipo - é que na nossa cabeça, as galerias que fechavam às 17 horas, e depois deste horário poderíamos ainda andar pelos jardins. E assim foi. Deu 17 horas e estávamos saindo da Galeria Psicoativa Tunga (uma das mais afastadas na entrada). Ainda queríamos passar pelo Jardins Desértico, de Transição e o de Todos os Sentidos antes de irmos para a saída. Mas um dos monitores nos encontrou e informou que não era mais possível a visitação, e nos acompanhou até a saída. Então já sabem - podem até estar na Galeria mais longe da saída, mas depois das 17 horas, só dá para andar rumo a ela!

No mais, aproveite Inhotim! E caso não tenha pretensão de ir lá por agora, existe a possibilidade de fazer um tour virtual pelo site do Instituto - não perca!


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17 outubro, 2018

Vitória: o que conhecer em dois dias na Capital Capixaba

Vitória é uma das capitais mais antigas do Brasil, sendo formada por uma parte continental e algumas outras ilhas - como a que abriga boa parte do seu território. Devido a sua formação geológica e proximidade do mar, é possível ver em Vitória uma infinidade de paisagens encantadoras, que por sua vez somam com seu patrimônio histórico.

Com o intuito de apresentar um pouco desta distinta capital brasileira, foram elaborados 3 postagens com dicas de passeios que incluíam uma breve apresentação dos Patrimônios Históricos de Vitória, seus Parques Urbanos e também aqueles passeios que fazem qualquer um suspirar mais fundo. 

Neste post a ideia é apresentar um roteiro de dois dias pela capital capixaba, com aquilo que é legal conhecer para entender um pouco do povo capixaba, suas origens e cultura.


Vista para a Terceira Ponte atrás do Shopping Vitória

Para este roteiro é aconselhável o uso de sapato confortável e sem salto para os dois dias e desaconselhamos o uso de automóvel - aqui o foco é usar o transporte coletivo, bike ou taxi/aplicativos para se deslocar por Vitória. 


Após aquele café da manhã (do hotel ou do aeroporto/rodoviária), hora de começar o roteiro 'histórico', conhecendo um pouco melhor o centro de Vitória. E a dica aqui é logo pela manhã explorar um pouco o Sesc Glória. Inaugurado em 1932, a edificação que abriga o Sesc Glória sofreu por reforma e sua arquitetura eclética se manteve na fachada, enquanto seu interior foi modernizado. Além de exposições temporárias, o Sesc também abriga um cinema, teatro e biblioteca - o que faz uma volta pelas atrações durar de 30 a 90 min (ou mais). 


Sesc Gloria - Esperiência Escher

  

O Centro Cultural Sesc Glória está localizado na Av. Jerônimo Monteiro, n428, Centro, e abre de terça a domingo, de 10 às 19 horas. Na página do Facebook dá para acompanhar a programação mensal do local - e escolher o que curtir.

Depois do Sesc, hora de andar um pouco pelo centro de Vitória, seguindo a Av. Jerônimo Monteiro até a escadaria que dá acesso ao Palácio Anchieta - aqui são cerca de 500 metros. Aproveite o percurso para ver os prédios que ainda tem a fachada histórica preservada.

Suba as escadas e aproveite para apreciar o porto de Vitória. Chegando no Palácio até às 11 horas, é possível participar da visita guiada pela parte interna do Palácio e também no gabinete do governador (caso vá no final de semana). Caso tenha alguma exposição temporária no Palácio Anchieta, aproveite - geralmente tem ótimas exposições por lá. Os monitores do Palácio são grandes conhecedores tanto da história do Palácio quanto do centro de Vitória - não deixem a chance de uma boa conversar passar!


Palácio Anchieta - Escadaria e fachada

Túmulo em homenagem ao Padre José de Achieta
  
Salão Verde - Palácio Achieta

Considerando que a visita ao Palácio acabou por perto das 13 horas, hora de ir em direção a Catedral e aproveitar para apreciar os vitrais - e para agradecer por esta belezura, inspirada na Catedral de Colônia (na Alemanha). Como a fome deve estar apertando, hora de descer um pouco pela Rua Gama Rosa e parar no Doca 138 ou na Casa de Bamba para almoçar. Indico aqui verificar se não tá rolando samba e/ou feijoada na Casa de Bamba - e curtir um pós almoço também. Outra coisa boa para fazer por ali é ir até a Rua Sete e verificar se não está acontecendo nada - geralmente tem um bom samba raiz perto da Casa da Stael. 



Catedral Metropolitana de Vitória

Manhã de sabádo com contação de história em frente a Casa da Stael

Para finalizar o primeiro dia sem sair do circuito histórico, a dica é conhecer o Museu Solar de Monjardim, em Jucutuquara. Para chegar ao Museu, é possível tanto ir com o auxilio de um aplicativo quanto de ônibus. Caso opte em usar o ônibus, terá que andar até a beira-mar e pegar um ônibus que passe pela Avenida Maruípe (dos ônibus de Vitória, são os de numeração 161, 162 e 163) - aí é bom pedir ao cobrador para informar no ponto. 


O Museu Solar de Monjardim foi o primeiro patrimônio nacional a ser tombado no Espírito Santo. A edificação é referência da arquitetura colonial brasileira, e era antes utilizada como sede da fazenda de sal. A visita é guiada e leva em torno de 30 min, onde a história da casa e também da modernização de Vitória é contada. O Museu abre de terça a sexta, das 9 às 16h30 e nos finais de semana e feriados das 13 às 17 horas.


Museu Solar de Monjardim

Um pouco da tradição colonial no Museu Solar de Morjardim

Depois de visitar o Museu, a dica é retornar ao hotel e descansar um pouquinho. Depois, curtir algum restaurante por perto. Caso esteja hospedado nas proximidades da Praia do Canto, a dica é ir ao Triângulo das Bermudas e aproveitar a noite. Já se estiver em Jardim da Penha, próximo a praia de Camburi, também há ótimas opções de restaurantes da Avenida Anísio Fernandes Coelho. Mais dicas você encontra no Blog da Aline Approves e também no Guia Capixaba


Para o segundo dia na capital capixaba, hora de apreciar as belezas naturais desta ilha. Nos domingos de manhã, parte da avenida que beira a praia tem uma pista aberta para a prática de esportes - e aí a sugestão é alugar uma bike e percorrer a praia de Camburi até a Praça do Papa. No trajeto, pare no Pier de Iemanjá, na Praça dos Namorados, na Praça da Ciência e lembre-se de passar por trás do Shopping Vitória e embaixo da Ponte - aprecie a vista destes lugares e também pare para tomar uma água de coco. Caso não seja domingo, dá para percorrer este percurso pela ciclovia, e a bike é possível alugar pelo Bike Vitória.

Entregue a bike no posto da Praça do Papa e vá conhecer o Centro de Visitantes Tamar Vitória. Além de conhecer todo o histórico sobre as tartarugas marinhas e as espécies que ocorrem pela costa brasileira, é possível ver as tartarugas de perto pelos tanques. Embora encantadoras, não se limite as tartarugas. Aproveite o Mirante e aprecie a Baía de Vitória. Antes de sair do Tamar, tente passar pela loja do projeto e resistir (ou não) as tentações por lá! O Tamar fica aberto de terça a domingo, das 8h30 às 17 horas, e em março deste ano a entrada inteira custava R$14,00.


Cruz do Papa - e sua respectiva Praça (ao fundo, o Convento da Penha)

Projeto Tamar Vitória

Apreciando o nadar das tartarugas no Tamar Vitória

Vista do Mirante no Tamar Vitória

Depois de curtir o Tamar, hora de almoçar - e a dica aqui é o Horto. Como é praticamente ao lado do Tamar, dá para ir andando. Aproveite para almoçar uma bela moqueca capixaba ou então experimentar a deliciosa comida do restaurante Sol da Terra. Caso queira, também é possível almoçar no Restaurante Papaguth apreciando a vista da Baía de Vitória e depois ir ao Horto tomar um café na Carnielli. A dica aqui é só não deixar de passar na loja Artesanato Capixaba.

Aquele café coado que a gente respeita - Carnielli Cafeteria do Horto Mercado

Após o almoço/café, a tarde será dedicada a conhecer o Parque Botânico Vale. Localizado no final do bairro Jardim Camburi, o Parque conta com pequenas trilhas pelo fragmento de Mata Atlântica que existe no entorno, orquidário, área para crianças, fonte dos desejos e uma lagoa com jacarés do papo amarelo. Ainda é possível visitar o complexo industrial da Vale, caso interesse. Mas se desejar visitar outro parque municipal de Vitória, tem post no blog listando alguns.

Fonte dos Desejos - Parque Botânico Vale

Lagoa Jacaré do Papo Amarelo - Parque Botânico Vale

Redário - Parque Botânico Vale

E assim acaba nosso roteiro de dois dias pela ilha de Vitória. Aqui incluímos cultura, gastronomia e um pouco de atrações ao ar livre. Este percurso é possível de ser feito com crianças - mas aí a parte de pedalar de Camburi até a Praça do Papa deverá ser encurtada para o pequeno conseguir fazer tranquilo (aqui em casa, Manu pedala no máximo 2 quilômetros sem reclamar).

Caso queira mais dicas e sugestões, só deixar nos comentários!


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