05 fevereiro, 2018

Riacho Doce: o encanto que separa a Bahia e o Espírito Santo

Localizada no extremo norte do Espírito Santo, a praia de Riacho Doce vai além do título de última praia da costa capixaba. Conhecida pelo seu ar bucólico e ares de deserta,volta e meia aparece no topo das eleições de praias desertas mais bonitas do Brasil.

Mas o que tem nesta praia para tanto encantar?

Praia de Riacho Doce

Possivelmente parte da mídia associada a praia de Riacho Doce  vem de uma minisséria exibida pela emissora Globo na década de 90, de nome Riacho Doce, onde o cenário eram as paradisíacas praias de Pernambuco. E pelo nome, muitos turistas ainda vão a este bucólico recanto capixaba em busca do cenário da referida minissérie.

E na nossa little roadtrip, Riacho Doce foi nosso segundo ponto de parada. Saímos de Itaúnas (mais detalhes aqui!), de onde são aproximadamente 16 quilômetros de distância. O acesso a Riacho Doce se dá por estrada de terra batida, em meio a fragmentos florestais e muita plantação de eucalipto. Durante o percurso muitos são os entroncamentos na estrada, que se não fosse a disponibilidade do Celsão (dono de uma pousada e restaurante próximo a praia) faria muitos turistas se perder pelo caminho. As placas do Celsão merecem todo o destaque, devido a sua irreverência e amabilidade. Chegando próximo ao destino é possível avistar as banderolas coloridas da Pousada do Celsão.

Na dúvida, siga as placas do Celsão!

Um pouco do caminho até Riacho Doce

Chegando a Praia de Riacho Doce e de quebra a Pousada e Restaurante do Celsão

A partir do Celsão é andar mais cerca de 1 quilômetro com o carro, estaciona-lo e andar mais ou menos outro quilômetro a pé pelas areias da praia para chegar no ponto alto deste paraíso: o riacho Doce - rio de águas vermelhas que encontra a praia e muda ali as cores do mar. Caso deseje atravessar o riacho, já pode-se dizer que estás na Bahia.

O Celsão oferece um estacionamento próximo ao restaurante e pousada, mas caso deseje guardar a energia para outra ocasião, a outro estacionamento a uns 500 metros a frente. Aqui paga-se para deixar o carro na sombra (coisa de 5 reais), e imagino que no verão as barraquinhas que encontramos fechadas devem oferecer os produtos ofertados nas placas (água e água de coco).

Estacionamento do Celsão

Estacionamento próximo a praia

Manu aproveitando para já curtir o lugar com o chapéu Panama

A gente ainda nem chegou na praia e já tá encantado com o lugar!

Agora é andar só um pouquinho e já chegamos a praia. Mas como já descrito, o ponto alto aqui são as águas do riacho que desaguam no mar. E para isso, é necessário uma caminhada de leve pela praia. 

Logo que chegamos próximos ao mar já dava para ver suas águas marrons e translucidas, provenientes da coloração do riacho. E que diferente foi esta cena - principalmente para nós, que quando havíamos estado em Riacho Doce (a long time ago) vimos um riacho tímido, de vazão reduzida e sofrendo com a seca que à época assolava a região.

Chegando a praia de Riacho Doce

A caminho do riacho - e já morrendo de amores pela paisagem

Praia de Riacho Doce - uma das praias desertas mais bonitas do Brasil

Chegando próximo ao riacho, percebemos que as águas deste estavam caudalosas, encaminhando para o mar toda a chuva que a região estava recebendo naquele mês de novembro. De acordo com os relatos dos comerciantes dali, o rio 'havia estado tão forte' que extravassou seu caminho natural, e levou consigo parte das cabanas que pelo lado baiano dão suporte ao balneário.

Riacho Doce

Rio correndo para o Mar

Na maré baixa até era possível atravessar o riacho Doce e curtir um pouco das cabanas, mas preferimos ficar no lado capixaba mesmo, e curtir apenas uma margem do balneário.

Como na nossa cabeça atravessaríamos e curtiriamos a piscininha que geralmente forma o riacho (o Capixaba da Gema mostou um pouco no post sobre lá) e as comodidades das cabanas, não levamos guarda-sol. Aí a alternativa foi utilizar muito protetor solar e chapéu, além de deixar nossas coisas na sombra dos coqueiros.

Curtindo a nova configuração de Riacho Doce

E 'muros' de areia foram formados, mostrando por onde o rio passou dias antes

A gente havia levado uma pequena caixa térmica com algumas long-necks, água, suco congelado, biscoito e frutas (maças e goiabas) para passar a manhã. A ideia era almoçar na praia, mas como por prudência não atravessamos o riacho com Manu, curtimos o local até umas 14 horas, e deixamos para almoçar o Celsão.

Achamos às margens do riacho uma piscininha boa para Manu, e por ali ela se esbaldou. Como não carregamos brinquedos de praia (prática comum aqui em casa), a brincadeira foi fazer castelinhos de areia, lagos e piscinas para a Mulher Maravilha (brinquedo autorizado a viajar conosco) se aventurar.

Nosso cantinho às margens do riacho Doce
Será que a pequena curtiu?

Curtindo o céu azul da divisa do ES-BA

Aquela foto natural

Os muros de areia formados com as chuvas de novembro

Depois de curtir uma manhã em uma das praias desertas deste Brasilzão, hora de dar tchau ao nosso último ponto capixaba da viagem. Riacho Doce tem uma beleza única, uma atmosfera diferenciada e todo um ar bucólico único que ficará na memória.

Riacho Doce - até breve!

Para chegar a praia, além do percurso de carro que fizemos, também é possível sair de Itaúnas e ir de bike ou a pé - numa trilha pela praia. Estas opções não foram avaliadas como viáveis pela gente pelo simples fato de que dali partimos para nosso próximo destino - a Bahia, mas caso esteja planejando ficar em Itaúnas, não descartes estas opções. Também tem passeios saindo de Itaúnas e indo de bugre (boa parte pelo mesmo caminho que fizemos de carro).

Embora tenha perdido as fotos (sorry!), a Pousada e Restaurante do Celsão foi uma grata surpresa. Não estava nos planos, mas como já relatado, acabamos almoçando por lá. Pagamos cerca de 70 reais pra almoçar os três, a la carte, com uma cardápio tipíco e servido de forma diferenciada: são diversas pequenas porções de tudo o que tiver no dia. No nosso, veio galinha com quiabo, carne de porço de panela, linguiça artesanal, banana da terra frita, arroz, feijão, salada de alface, tomate e pepino, macarrão, polenta, abobora cozida e salada de cenoura com chuchu. Para acompanhar, pedimos suco de manga (natural) e de sobremesa, cocada. No total, a conta não passou de 90 reais - que devem ser pagos em dinheiro. Além de uma comida com um tempero mais que especial, a vantagem do Celsão e que ele te recebe com o maior sorriso do mundo, conta um pouco dos causos e do porque escolheu aquele lugar para viver. O amor dele e de sua esposa pelo Riacho Doce é lindo de se ver!

Super satisfeitos com o lugar, o papo e a refeição, seguimos a viagem tendo a certeza que colocar Riacho Doce no roteiro foi mais que uma boa pedida!

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1 Comentários:

Às 18 de fevereiro de 2019 às 18:39 , Blogger Unknown disse...

Queria muito ir moro em montanha es como faço pra chegar até riacho doce?

 

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