14 julho, 2017

Um pouco de frio e boa gastronomia em Santa Teresa - ES

Eis que chegou o inverno. E aqui no Espírito Santo, muitas são as alternativas para aproveitar o melhor desta estação, que é aquele tempinho gostoso para ficar em agasalhado e comer bem! E com este objetivo na cabeça, fomos olhar onde ainda tinha vaga para a gente se abrigar num final de semana. Isso mesmo, onde tinha vaga! Queríamos ir para um lugar frio, mas sem ter que enfrentar mais que 1h30 de viagem (a partir de Vitória) e nem deixar um rin por lá.

Domingos Martins (tanto a sede quanto Pedra Azul), Marechal Floriano, Alfredo Chaves e Santa Teresa estavam na nossa mira. Mas grande parte dos hotéis e pousadas acessíveis ao nosso bolso já estavam lotados. Mais gente estava a fim de sentir o frio na região de montanhas, assim como nós.


Apreciando a vista e o frio em Santa Teresa


Na busca por pousadas, achei pelo TripAdvisor a Pousada Santa Lúcia. Gostei das avaliações e também do que vi no site, e fui me lá tentar a reserva. E bingo! Tinha uma vaga para nós, no chalé clássico (o mais simples). 

Reservas feitas, foi hora de traçar algumas opções de atividades para fazer e restaurantes para conhecer. Nesta hora sempre gosto de traçar mais opções que o tempo me permite - não querendo percorrer todas, mas sim para ter opções em caso de chuva, de fila para comer no restaurante (a gente aqui não curte muito ficar em filas esperando para comer) e por aí vai.

Devido as atividades de casa e da necessidade de aproveitar o sábado para resolver as coisas que durante a semana é hard, saímos de Vitória depois do almoço (lá pelas 13h). A pousada escolhida fica antes do 'centro' de Santa Teresa, a uns 15 min de carro das principais atividades do local. Logo, fizemos o checkin e deixamos as malas lá,  e depois subimos um pouco mais para aproveitar o nosso destino.

Nossa primeira parada foi na loja da Claid's, que fica na Rodovia Estadual Josil Espindula Agostini. A Claid's é uma tradicional fabrica de biscoitos, que podem ser encontrados nos supermercados e padarias do estado. Na loja, além de poder degustar uma diversidade de biscoitos para facilitar na escolha do que levar, também é possível parar para tomar um bom café! No nosso caso, a escolha foi café expresso, chocolate quente e o capuccino - cada um no seu gosto! Para comer, fomos de biscoito de boneco (dúvido que adivinhem para quem) e um bolo de banana sem glúten, leite e ovos que estava top demais!

 Degustação de biscoitos

 Produtos da casa!

 Lanchonete

 Opções de bolos e rocombole

 Mais delícias

 Aquela decoração que a gente ama!

 Chocolate quente

 Capuccino

Além dos produtos da casa, na Claid's também é possível comprar alguns produtos locais de Santa Teresa, como chocolates, licores, vinhos e cafés.

A área externa da loja é um charme a parte. Além de muito bem conservada, é recheada de flores, que só somam ao local, além de um pequeno córrego que corta parte do terreno. Rende ótimas fotos!


 Licores

 Cafés

 Um pouquinho da loja

 Parte frontal da loja

 E aí, topa uma foto?

 Eles toparam!!!!

 Um pouco mais da área externa


Depois da Claid's, aproveitamos para conhecer o Memorial Casa do Cedro, que é logo ali em frente. O objetivo do Memorial é resguardar a história de Santa Teresa, sua colonização italiana e da família Broillo Vervloet Loreiro. 

A entrada no Memorial custa R$10,00 (Jul/17), que são muito bem aproveitados no passeio. Quem nos recepcionou e guiou pelas salas, explicando cada detalhe e objetivo dos objetos ali expostos foi a Gorete. Muito simpática e com tino para criança, apresentou-nos todo o memorial, até a hora que por coincidência do destino tivemos a honra de conhecer Myrian Loureiro, a artista plástica responsável pelo local. Segundo a mesma, ali está a realização de um sonho antigo, que ela tinha. Escutar ela falando um pouco do significado do memorial para ela foi muito bonito e emocionante. 


Cedro, na entrada do memorial

Manu na mesa e cadeira do primeiro prefeito de Santa Teresa

E na atualidade, quem não usa uma máquina de escrever?

Importantes obras, inclusive o Chanaan (inspirado no Vale de Canaã, em Santa Teresa)

As Bonecas

Releitura das casas de antigamente

Mesa montada para um jantar de gala

Detalhes da mesa

Como me lembrou o Horloge (aquele relógio do filme a Bela e a Fera)

Vista da janela do auditório

Una Bella Ragazza!

Prêmios que a fazenda recebeu

'Montagem' de uma venda

E para as idas e vindas de antigamente

Bora para um passeio?

A sra. Myrian Loureiro é uma artista plástica internacionalmente reconhecida, com muitas medalhas e troféus advindos do seu trabalho. Numa sala do Memorial, podemos apreciar um pouco de sua arte.


E aí, já achou o colibri?

Medalhas recebidas por Myrian


A pintura de uma cenário - a janela do colono italiano


E para quem acha que o Memorial Casa de Cedro acabou por aqui, ledo engano. Ainda há o Caminho da Colônia, no qual é possível percorrer uma caminho que retrata como era a vida dos colonos italianos que vieram para Santa Teresa. Além de muito verde e flores, o caminho é cortado por um córrego (aquele que também passa na Claid's), que ganha nas suas margens flores e árvores frutíferas, como a jabuticabeira. 

Uma das partes mais encantadoras do caminho é a ponte que atravessamos logo no início, e a casa do colono, que como o próprio nome já indica, retrata como eram as casas na colonização - geralmente de madeira nobre e com janelas e portas com pinturas destacadas. Detalhe para a floreira na janela. Um super convite para uma foto, não?


Córrego que corta o Memorial e ao fundo, a Claid's

A bonita com a ponte e a casa

Mais deste cenário

Fachada singela e charmosa da Casa do Colono

E a arte não para

Janelas e flores: combinação demais!

Antúrios e Jabuticabeiras a beira do córrego

Um pouco mais das flores do caminho da colônia

Mais do caminho


Ainda no caminho é possível avistar uma bela horta, pé de jambo branco (já conhecia?) e um lugar muito apreciado pelos colonos - o fogão a lenha juntamente com uma mesa, representando as cozinhas rurais. Outro ambiente ali representado é o Paiol. O Paiol era onde armazenavam-se desde utensílios utilizados na roça como alimentos.


Manu e a horta

Fogão a Lenha

Paiol

Mais jabuticabeiras

Copos de leite: ❤

Antúrios negros (outra novidade para mim)

Um pouquinho mais desta queda d'água linda!


Saindo dali subimos mais cerca de 10 minutos e estávamos no centro de Santa Teresa. Devido ao horário e a programação do futebol, uma pausa foi feita no passeio, e fomos nós atrás de uma lugar para assistir o jogo. Na ocasião, fomos no Picanha e Cia. A casa estava cheirando a um bom churrasco, mas como a noite ainda cabia conhecer um restaurante que recebi indicações, seguramos a vontade. Quanto a pequena, ficou brincando num 'brinquedão' da churrascaria, pulando e gastando energia.

E o restaurante que estávamos a fim de conhecer era o Taberna Lounge.  A decoração da casa lembra o estilo medieval, com quadros de caveiras e corujas, além, é claro, dos colibris. O restaurante fica na Rua do Lazer (uma rua que fica tomada por mesas dos bares e seus toldos, onde as opções para se comer bem são muitas), e é de fácil identificação. Suas duas portas numa estrutura antiga indicam e decoram o local. Destaque aqui para os socol (s) pendurados. Por um tempo fiquei pensando se eram 'tentativas' de morcego ou alimento mesmo. O restaurante tem 'dois' ambientes, que é a parte para a Rua do Lazer, com mesas alocadas de tal forma que consiga apreciar o movimento da rua, e a parte de trás, com uma linda decoração e mesas mais amplas.


Morcegos????

Parte da frente

Parte de trás

Devido ao frio que fazia (algo em torno de 11ºC), escolhemos a mesa mais perto da cozinha (e do forno) na tentativa de ficarmos aquecidos. Bom, pelo menos o efeito do psicológico funcionou, e ali ficamos confortáveis.

E como todos pais que querem comer tranquilamente e às vezes recorrem ao Wi-Fi, pedimos a senha do restaurante para poder deixar a pequena vendo os vídeos infantis enquanto aproveitamos para conversar um pouco, no aguardo dos pedidos.

Como prato principal, pedimos a Costela Calabolso (Costela de boi no bafo, com linguiça calabresa e batatas rústicas, arroz, farofa de alho e castanhas e molho especial - R$89,90 em Jul/17). Como o tempo de preparo do prato era de cerca de 30 min, e estávamos com fome, de entrada (e para acalmar os ânimos), fomos de bruschetta (R$9,90 em Jul/17). Para acompanhar, suco de uva integral em copo de barro (adorei!) para mim e para a pequena, e cerveja para o papai da parada (afinal, ele já tinha começado lá no jogo). No Taberna há uma carta (será esse o nome?) para cervejas artesanais (tá na 'moda' por aqui) além de algumas das tradicionais. Também há vinhos na casa - que confesso que conhecia poucos rótulos. Mas aqui é assim:  se um bebe, o outro, dirige. Então, rodei! Sobre a sobremesa, Manu foi de brigadeiro da casa. Melhor, beijinho da casa.

Hora dos vídeos

Entrada: Bruschetta

Prato Principal: Costela Calabolso

Sobremesa: Manu não quis esperar eu tirar uma foto!


Alimentados e satisfeitos, fomos nos acomodar nos cobertores da nossa caminha na pousada. Afinal, ainda tínhamos um domingo inteiro pela frente.


E no domingo amanheceu chovendo. E parando. E chovendo mais um pouco. E assim foi pelo resto do dia. Como no sábado só deixamos as coisas na pousada e subimos para Santa Teresa, tiramos parte da manhã para aproveitar (nos momentos de chuva parando) a área da mesma (pela qual me encantei nas fotos).


Chalés

Parte interna - quarto

Parte interna - banheiro

Vista dos chalés e o frio

O café da manhã é bem servido, com opções de pães, bolos e tortas salgadas, além de frutas e outros quitutes. Gostei do cuidado de prepararem um café sem açúcar para mim (a moça perguntou se tomava café açucarado, disse que não - nem tinha começado a me servir - e lá foi ela falando que ia fazer o meu café). 

Na parte de cima, há uma pequena exposição de objetos antigos, que nem preciso dizer que foi onde Manu quis brincar com tudo, né? 


Um pouco do café da manhã

Mais um pouquinho

Exposição - andar de cima do salão do café da manhã

Acabando o café da manhã, e no período de pausa da chuva, fomos lá andar pela pousada. Descendo do salão onde o café é servido, há um lago com uma encantadora vista. Até a pequena parou um pouquinho para apreciar o lugar.

Vista do casarão principal

A pequena contemplando

We

Só charme

Minha modelo preferida!

Gansos pela área

Mais um pouco da área verde

Frio e aconchego

E esta estatua me levou lá para Antwerp!!!!

Na pousada também tem piscina, campo e churrasqueira. Mas devido ao frio, não vi nenhum hospede ali. Isso só me remeteu que o lugar no verão também deve ser uma ótima opção!

E como ainda tínhamos muitos lugares para explorar, retornamos a área central de Santa Teresa, dar um rolê pela Praça Augusto Ruschi. Para aqueles que nunca ouviram falar, ele foi um grande estudioso das ciências ambientais, com uma contribuição notável para está área, além de ser o fundador do Museu de Biologia Professor Mello Leitão (falamos dele neste post aqui). Bom, a praça é conhecida pelo colorido de suas flores, que atraem pássaros diversos. Como estávamos no inverno, poucas eram as rosas desabrochadas. Uma pena. Mas fica a vontade de voltar na primavera!

Praça Augusto Ruschi

Mais da Praça

Um pouco mais

Um 'monumento' para a criançada

E aí, viu um beija-flor?

Algumas hortênsias dando o ar da graça

Bromélias diversas

E no inverno, até o chafariz estava murchinho!


Para o almoço de domingo, separamos para conhecer o Restaurante e Pousada A Dona da Casa. A proposta do A Dona da Casa é servir aquela comida que nos remete a um ambiente rural. Vacas e galinhas bem próximas aos restaurante dão o ar da graça, além de um deck fofo que tem sobre um lago de peixes.

Neste restaurante também são dois ambientes - o externo, e o interno. Escolhemos o interno devido ao vento frio que fazia, mas ambos são lindos. A decoração é um amor, e ver as vaquinhas das janelas do restaurante é uma experiência única (para aqueles que não são vegetarianos!).

Os pratos são aqueles que a gente come na casa da avó, sabe. Galinha e Porco tem um destaque no cardápio, que tem um preço 'único' para as refeições para duas pessoas (que servem tranquilamente 3) - R$89,90 (em Julho/17). A escolha foi a Costelinha da Sinhá (costelinha suína frita, com arroz, tutu a mineira e couve refogada) e dois ovos caipiras fritos para completar. A sobremesa, é por conta da casa. Doces típicos da roça são servidos. Eu, fui transportada para as lembranças da minha infância, na casa dos meus tios no interior do ES comendo aquele doce de leite. Adorei!!!


Manu analisando o lugar

Ponto de atenção: as vacas de leite

E as vacas - nem aí para a gente

Manu até tentou um carinho, mas sem sucesso!

Parte externa do A Dona da Casa


Parte Interna

Um pouquinho mais da área externa

Tudo Rural

Muito verde


Também tem um pouco de história

E um pouquinho mais - além de um fogão a lenha a todo vapor

Costelinha da Sinhá

Sobremesas

Passagem para a infância!

Nossa intenção era percorrer o Circuito Colibris. Mas o retorno da chuva nos afastou desta ideia, e paramos apenas para conhecer o Capitel de Santo Antônio, que foi construído em 1908 em homenagem ao Santo. Infelizmente, não achei mais muitas informações sobre o mesmo! E sobre o circuito, ficou para outro passeio por Santa Teresa.


Capitel de Santo Antônio - Circuito Colibris

Buscando uma atração que desse para fazer com chuva, fomos nós conhecer a Cantina Matiello. Na Cantina é possível, para grupos com no mínimo de 10 pessoas, fazer um passeios pelas videiras e ver a produção de vinho, além de degustar dos mesmos. Como estávamos apenas em dois (Manu não entra para esta conta), não foi possível conhecer esta parte. Aí, ficamos com a loja, belamente decorada e com muitas flores, o tonel chamatriz da Cantina, a degustação rápida de vinhos na loja e o café.

 Fachada da Cantina Matiello

 O Tonel 

 Manu fazendo graça

 E até na varanda, a uva é tema!

 Mais janelas coloridas pelas flores


Além de vinhos, licores e bebidas alcoólicas diversas, biscoitos, chocolates, queijos e salaminhos da região também podem ser encontrados na loja. 


 Um pouco do interior da loja

 Bebidas diversas


 Lanchonete

 Lavandas colhidas ali, na frente da Cantina


 Nós - e Manu nem aí para a foto em família

 Já para a foto de careta, ela quis!

E depois de um passeio delícia por Santa Teresa, hora de voltar para a casa, com as baterias carregadas para uma semana de trabalho.

Se pudesse listar o que me deixou tristinha no passeio, foi a chuva. Sei que ela é sempre bem vinda para as produções agrícolas, mas passeio ao ar livre com chuva não é tão legal, pelo menos não no inverno.

E se pudesse dar uma dica para o pessoal da Cantina Matiello, era para delimitar horários para as pessoas se inscreverem e ter o tour, com o número mínimo de 10 pessoas inscritas. Deste jeito, dá para quem está em dois, ou grupos menores, também conhecer a produção do vinho! #ficadica

 E será que ele também sentiu frio?

Mas a parte boa, é que Santa Teresa é pertinho de casa - basta 1h30 de estrada e já podemos  aproveitar tudo o que não coube aqui!!! 

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4 Comentários:

Às 14 de julho de 2017 às 22:00 , Blogger Marcelo Ribeiro disse...

Gosto muito de Santa Teresa. Parabéns pelo post.

 
Às 22 de julho de 2017 às 05:49 , Blogger Pelo Mundo com Manu disse...

Obrigada Marcelo! E Santa Tereza é puro charme, né?

 
Às 21 de agosto de 2017 às 07:56 , Blogger jack diniz disse...

Santa Teresa é apaixonante. Muita cultura e com lugares maravilhosos para se conhecer.
Tornando assim, a cada visita experiência única e enriquecedora. Obrigada e parabéns pelo post.

 
Às 23 de agosto de 2017 às 16:49 , Blogger Pelo Mundo com Manu disse...

Obrigada pelo comentário, Jack. E concordo contigo: cada visita em Santa Teresa, é uma experiência ímpar!

 

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