Guarapari é logo ali!
Muitas vezes, dar um tempo na rotina é a melhor coisa para relaxar. E aqui em casa a gente estava assim, precisando parar um pouco da correria do dia-a-dia e descansar, esquecer das preocupações e só aproveitar. Só que não é fácil assim alinhar uns dias de folga de dois profissionais que trabalham em empresas com demandas distintas (nesta hora agradecemos que ainda não temos que nos preocupar com o calendário de provas e atividades da pequena), mas depois de muito estudar datas e com as devidas 'bençãos' conseguimos folgar a semana que foi de 12 a 16 de Outubro, e com mais ou menos 45 dias de antecedência para pensar o que fazer nestes dias. Não queríamos gastar muito, isso já limitou o nosso passeio a lugares que pudéssemos ir de carro (ou achar uma mega promo de passagem aérea - que não aconteceu!) . Depois de olhar as diárias de hotéis e pousadas de lugares que não dariam muito mais 6 horas de viagem (aí já tinha limitado o nosso descanso ao ES), futucar bastante no blog Capixaba da Gema, e lembrando que o marido queria praia, resolvemos ir para Guarapari.
A escolha da semana foi porque nela teve dois feriados escolares, sendo que um seria em dia útil para nós. Pois bem, depois de escolhido o destino e definido os dias de Guarapa (de 14 a 16), vi que as pousadas lá estavam um tanto cheias, e as com melhores condições de custo-benefício já não tinham vagas nos quartos que me atraiam. Aí, conversando com uma amiga, descobri que justamente neste semana as escolas de BH não tem aula, e lá esta semana é conhecida como a semana de saco-cheio. Agora imagina, se Guarapari é tida como praia de mineiro, pensa na semana de folga deles? Justificado então as 'cheias' das pousadas. No final das contas, ficamos na Pousada Caminho da Praia. Ela tem uma área externa bem ampla, piscina para dar um 'tibum' no final do dia e um café da manhã muito bem servido. De tudo, o que me fez reservar lá foi a rede de frente para o quarto - que para mim é o simbolo de descansar!
Guarapari é uma cidade que faz parte da RMGV, dá para chegar lá em até 50 min se der sorte com o trânsito. É conhecida por ter praias muito bonitas, de águas geladas e uma vida noturna agradável. Já tínhamos ido a Guarapari muitas vezes antes de Manu nascer, quando o nosso foco era shows e badalação. Das praias mesmo, conhecíamos poucas. Este fato de ser pertinho não me deixou tão empolgada com a nossa mini-trip como normalmente fico. Mas tentei buscar motivação e futucar alguns blogs, mas nada era muito o que eu queria. O que chegou mais perto das informações que eu queria foi o D&D Mundo Afora, que falou um pouco das praias e dos restaurantes. O Capixaba da Gema ajudou muito, mas não descrevendo os locais em si, e sim com as fotos e explicando como chegar. Na verdade o instagran do Capixaba da Gema foi que me deu mais dicas, pois ali eles publicam diariamente uma série de fotos do ES, mostrando as belezas do estado e as praias/lugares não tão conhecidas. De posse das informações que busquei, delimitei as praias para irmos.
Das praias da lista estava "três praias", e pelas informações que consegui, nela não iria encontrar nenhuma infraestrutura. Sabendo disso, e contando que nesta praia iríamos ficar o dia, já sai de Vitória com os itens para a nossa 'farofada'. Preparei suco natural de morango e comprei aqueles de uva e congelei. Também comprei uma pasta de azeitona e fiz um frango desfiado (que congelei também) e compramos pães. Para completar, frutas e muita água. Levamos uma mochila térmica com estes itens no carro. Para os demais dias, também levei frutas, suco natural e alguns biscoitos para Manu.
Suco congelado para a 'farofada'
Saímos de Vitória umas 8 horas da manhã rumo a Guarapari. A primeira praia da nossa lista foi a Castanheiras. A escolha foi por ali ter restaurante próximo e ao fato de que me falaram que a praia era ótima para crianças. A água estava gelada, mas nada que atrapalhasse o banho.
Praia das Castanheiras
Entrando numa 'fria'
Como não conhecia a praia, logo armamos o guarda-sol numa área com menos pessoas e com sol. Vi que no 'final' da praia tem muitas castanheiras, e ali tem muita sombra. Na hora não achei interessante ir para esta área, mas aconselho a quem for já buscar um lugar lá. Porque? Depois do almoço (comemos num restaurante a quilo ali na frente - Pirão d'água) fomos para a área de sombras das Castanheiras - e aí me arrependi de leve de não ter ido logo para lá: na maré baixa, formam-se piscininhas - que dá para ver peixinhos! Como fomos ali apenas pela tarde, a maré já não estava esta beleza toda, mas deu para Manu curtir sozinha e ficar 'livre' um pouco.
Piscininhas se formando - próximo as Castanheiras
A bonita curtindo a praia
Livre para curtir as ondinhas
Depois do dia na Praia das Castanheiras, fomos fazer o checkin na Pousada e descansar um pouquinho para recarregar a energia para o próximo dia.
Pois bem, as coisas que havíamos trago congeladas, congeladas se mantiveram durante do dia no carro. A noite deixei o frango desfiado no frigobar do quarto para descongelar, e os sucos se mantiveram congelados com o auxílio do freezer do frigobar. Na quinta o nosso foco era Três Praias.
Acordamos cedo, tomamos café e pelo mapa teríamos que andar cerca de 1 km até a Praia dos Adventistas - entrada para a aventura do dia. Daí resolvi perguntar na recepção da pousada se o caminho tinha sombra e era tranquilo de fazer, quando fomos aconselhados e ir de carro até a Praia dos Adventistas e dali seguir a pé. E ainda bem que ouvimos a dica: nestes 1 km tem 2 ladeiras nada legais de subir - o que também não seria legal na volta. Assim fomos de carro, e deixamos ele estacionado ali perto da Praia dos Adventistas. Andamos toda a praia, até o início da trilha - que é tranquila de fazer. A pequena fez a mesma andando boa parte: só no final pegamos ela no colo porque era um pouco íngreme. Como nunca tínhamos ido às Três Praias, passamos pela primeira, apreciamos, mas resolvemos andar até a terceira para decidir onde parar para instalar o 'acampamento'. Na primeira tem mais movimento, possivelmente porque as pessoas não querem já de cara andar até o final. A segunda praia também é muito bonita, águas claras e com menos movimento que a primeira. Quase paramos por ali, mas como a meta era andar até a última, fomos até lá. E que coisa boa: só tinha mais uma família ali, e aquela praia toda praticamente deserta. Águas calmas, levemente morna e claras.
Praia dos Adventistas
Início da trilha para Três Praias
Primeira Praia
Segunda Praia
Nossa parada: Terceira Praia
Como o de costume, chegamos e fomos logo montar o acampamento. Depois foi só curtir a praia. Levamos snorkel para ver os peixinhos que li que ali tinha, e acabamos que também avistamos muitas tartarugas!
Acampamento montado
Bora ver os peixinhos
Aproveitando
Manu curtindo a liberdade da praia
Placas de Aviso de Área em Recuperação
Vista da Terceira Praia
Andando um pouco além da terceira praia é possível chegar a Praia do Morcego. Indico a caminhada (se tiver como deixar as coisas com alguém olhando).
De tarde, começou a ventar forte. Aí aproveitamos e fomos buscar abrigo na segunda praia. Chegando lá, foi a hora do lanche! Não me importo que a Manu não almoce bem por um dia, visto que geralmente a alimentação dela é bem balanceada e com muitas verduras e vegetais. O que me importo mesmo é que nestes dias a alimentação, por mais que não seja tradicional, seja saudável. Por isso a preocupação com o suco natural e com a preparação do sanduíche ainda em Vitória. Para a sobremesa, fomos de uva - e assim a Manu comeu bem e não reclamou da nossa pequena alteração.
Fugindo do Vento
Lunch time!
Como na sombra a areia era mais grossa e a pequena queria ficar na beira da água, remodelamos o nosso acampamento para o bem dela. A água ali também era morninha, e como era mais clara nas bordas, ela até se arriscou a entrar um pouco (sempre sob a nossa supervisão).
Sombra da Manu
Explorando o mar
Observando o 'fundo' da praia
Depois de um dia empolgante, foi hora de retornar para a pousada. Daí só tenho que destacar uma coisa chata: a quantidade de lixo que encontramos nas Três Praias. Como para ficar mais tempo lá é necessário levar o que for consumir, muitos esquecem que também tem que retornar para seus lares com o que levaram, e aí inclui sacolas plásticas, garrafas pets e afins.Então fica a deixa: leve o que for consumir, mas lembre de trazer!
No terceiro dia de Guarapa fomos pela manhã para a Praia do Morro - perto da pousada. A praia é uma coisa linda que só, e ali tem um monumento com o Marlim Azul (simbolo do ES). Lógico que como turistas que somos tiramos uma foto com o Marlim Azul e depois fomos curtir a praia. Aí mais tristeza: muito lixo na praia. Acabou que nem ficamos muito, até porque tínhamos que fazer o checkout e curtir a parte histórica da cidade.
Foco para o Marlim Azul ao fundo!
Parte histórica? Pois é, pasmei também. Guarapari é tão focada nas praias que têm, que quase não é divulgado que ali também tem um pequeno e belo sítio histórico. Curiosa que sou, fui procurar o que daria para fazer em Guarapari sem ser praia, e bem que vi que tem alguns lugares legais de visitar. Dos que li, elenquei para visitarmos: Igreja Nossa Senhora da Conceição (antiga Matriz), Ruínas e Poço dos Jesuítas.
As informações sobre a Igreja NS da Conceição encontrei no blog Cultura Maratimba. A Igreja é uma graça, bem conservada e cheia de detalhes praianos e que marcam a época na qual os Jesuítas ali coordenavam - como o detalhe de concha das portas e a arquitetura da mesma. A parte interna também é bem conservada e muito bonita. Ela não fica totalmente aberta para visitação - uma grade fica na sua porta, da qual é possível observar o seu interior e ali agradecer um pouco.
Frente da Igreja NS da Conceição
Detalhe das portas
Foto de antes das 'atualizações' ali feitas
Interior da Igreja
Mais detalhes de conchas - uma arte!
Dali da Igreja fomos visitar as Ruínas. Confesso que achei pelo que tinha lido que poderia entrar e explorar, ver como é por dentro e tal. Mas não. A entrada nas Ruínas é proibida, para a conservação da mesma. As Ruínas eram a antiga Igreja, que já teve outras tantos usos, até mesmo como cemitério.
Ruínas
Das Ruínas fomos para a Poço dos Jesuítas. Este foi construído no século XVI, com conchas e óleo de baleia. Era a fonte de água potável por algum tempo e o último que ainda existe daqueles construídos pelos Jesuítas no início da colonização do Brasil. Alguns dizem que suas águas possuem 'a cura'. O poço fica abaixo do nível da rua, e é preciso descer uma escada rústica.
Descida para o Poço dos Jesuítas
Nós
Manu e os detalhes do Poço
Poço dos Jesuítas
Do poço voltamos para Vitória. Aproveitamos para sair de Guarapari antes das 16 horas e não correr o risco de pegar trânsito, além do fato que queríamos parar na Doceminas (na Barra do Jucu) para um lanche da tarde.
Como o de costume, não faltou neste passeio para a praia muito filtro solar e o nosso kit-praia: Sombrinha de praia, cadeira, óculos de sol, água e frutas, blusa com proteção UV e disposição.
A vontade de retornar para passar outros dias nas Três Praias continua, e agora com a proximidade do verão pode ser que dê para planejar novamente visitar a beleza daqueles lugar.
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