19 fevereiro, 2018

Descobrindo Costa Dourada (Mucuri - Bahia)

Muitas vezes vemos fotos na internet de determinado lugar e simplesmente queremos conhecê-lo. Uma vontade de ver se é aquilo mesmo, e curtir a sensação que buscamos ali.


Descobrindo Costa Dourada pelos olhos da Manu

Pois bem, meu (Emilia) caso com Costa Dourada foi bem assim, mas meu foco foi de início a pousada que ficamos lá. Em algum lugar desta internet, li uma avaliação sobre a Pousada Fim do Mundo. Isso em 2016, e na época o jeito que consegui contato com a pousada foi via messenger do Facebook. Perguntei sobre a disponibilidade em algumas datas, mas em todas já a pousada já estava lotada. No carvanal de 2017 tentei mais uma vez, com menos de 1 mês de antecedência, e novamente lotada. Horas, percebi que se queria tanto ficar ali, teria que fazer a reserva com uma boa antecedência.

Queríamos fazer uma viagem de carro em novembro, voltar a Itaúnas e andar um pouco pela Bahia. E porque não aproveitar para conhecer Costa Dourada? Fechamos então o roteiro da nossa little roadtrip, e destinamos a Costa Dourada os dois últimos dias. 

Saímos de Riacho Doce e pela aquela mesma estrada de terra batida seguimos em direção a Bahia. Nos cruzamentos, muitas são as placas de pousadas indicando o caminho que deve ser seguido.


Onde Ficar: Pousada Fim do Mundo

Roteiro ajustado, hora de fazer a reserva. Nesta altura, a pousada já estava inscrita no Booking, mas acabou que preferi negociar diretamente com eles, via whattapp. As respostas sempre foram rápidas, e pelo whattsapp aproveitei para tirar algumas dúvidas sobre o lugar (não achei muita informação na web). 

A área externa da pousada é de se encantar: muito verde e bem cuidada. Algumas redes distribuídas pelas sombras das árvores só aumentavam ainda mais a sensação de paz do lugar. A piscina destaca, tanto pelo tamanho como pelo fato de pegar sol praticamento o dia todo. Havia ainda uma área com pula pula, para as crianças. Mas acabou que elegemos o combo piscina-redes como o nosso lugar de ficar na pousada. Próximo a piscina havia um colchão/cama para poder deitar e apreciar o lugar. A dica aqui é aproveitar e ficar ali a noite, para poder ver o céu.


Área externa: churrasqueira, redes e verde.

Área externa: vista para a piscina

Área Externa: um pouco mais da piscina

Área externa: como não querer ficar a tarde toda aqui? 

Será que Manu curtiu essa boia de Jacaré?

Área externa - Redes: um caso de amor!

Área externa: praticando novas habilidades

Apresentado a área externa, vamos para o quarto. Quando entramos em contato, queria ficar em uma suíte. Porém, todas (as duas) já estavam reservadas. Aí fomos para a opção apartamento seaside, que também são dois na pousada. Os quartos são amplos, contam com uma pequena cozinha, varanda em torno do quarto e a vista para o mar. Na varanda, um balanço (que Manu nem gostou), um sofá e uma rede. 

Apartamento Seaside: Varanda

Apartamento Seaside: Quarto
Apartamento Seaside: Quarto

Apartamento Seaside: Cozinha

Apartamento Seaside: banheiro

Apartamento Seaside: Varanda

Apartamento Seaside: Varanda

Depois de estar em Costa Dourada, irá perceber que lá o comércio está longe de ser o diversificado. Não há sequer uma padaria no balneário. Devido a este fato, o café da manhã é mais que especial, visto que conta com todo o cuidado da pousada no preparo de pães e bolos frescos, que somam com uma boa variedade de geleias, frutas e iogurte. Eu fiquei apaixonada nas louças e cuidado com todo o preparo!

Café da Manhã - Pousada Fim do Mundo

Café da Manhã - Pousada Fim do Mundo

Café da Manhã - Pousada Fim do Mundo

Nosso café da manhã

O que fazer em Costa Dourada


Sabe aquele lugar que quase não tem sinal de celular, o som dos passáros é o que mais se ouve juntamente com o barulho do mar, que tem águas morninhas e uma imensidão de paredões que de acordo com o sol 'mudam' de cor? Assim é Costa Dourada.

A tranquilidade do balneário é o seu principal diferencial. A praia é ótima para crianças, que podem correr brincando de ondinha sem sair do olhar dos pais. Para somar, ainda tem dois corrégos de desagam no mar (mas quando fomos, não estavam chegando a praia devido a baixa vazão). 

Então a dica aqui é relaxar. Aproveite Costa Dourada para relaxar! Andar na praia, nadar, correr...


Costa Dourada - Fim de tarde

Tentando fugir um pouco do sol buscando as sombras das falésias

E por onde olhar, as falésias estarão lá

Banho de rio com direito a olhar o mar
Um dos estuários que desaguam em Costa Dourada
Estuário de Costa Dourada

Pôr do Sol em Costa Dourada

As falésias com o sol da manhã

Costa Dourada e a gente!

Uma imensidão de praia para relaxar!
Nosso amiguinho verde!

Mais do estuário em Costa Dourada

Assistindo ao nascer do sol do alto das falésias 

Vista do alto das falésias para o que seria o rio chegando ao mar

Momento de contemplamento
Mais um pouco deste paraíso

Onde comer em Costa Dourada

Como já comentei, me apaixonei pela pousada, e depois fui buscar informações sobre Costa Dourada. O detalhe é que via poucos lugares para comer no TripAdvisor, mas não achei que na baixa estação (fomos no final de novembro) seria apenas a Barraca do Cláudio e um Açai/Pastel novo na praça. Devido aos dias programados para ficar no balneário e sabendo que havia churrasqueira na pousada, levamos um 'kit-churrasco' para o almoço de um dos dias. Por precaução, também levei uma outra opção de refeição, de fácil preparo (no caso, fiz filé com molho de gorgonzola, que cabe bem com um arroz branco e leva poucos ingredientes). No verão, segundo me relataram, abrem outros comercios, mas já imagino não serem muitos.

Sobre a Barraca do Cláudio - o ambiente é uma delícia. Tem vista privilegiada para o estuário e a praia, conta com algumas redes estendidas que só somam com a beleza natural do lugar. Achei os preços salgados (moquecas em torno de 130 reais), mas pensando na demanda, aceitáveis. Como não tinha muita gente, avaliar o atendimento é díficil, mas não tive problemas quando a espera.


Barraca do Claúdio - vista da praia
Vista da Barraca do Claudio 

Redes: ❤
Um pouco mais da vista da barraca
Barraca do Cláudio

As dicas de ouro para quem quer ir a Costa Dourada, de acordo com a nossa experiência, são:


→ Leve repelentes: a noite será necessário!
→ Leve mantimentos: o lugar é lindo, mas não tem muitas opções de restaurantes
→ Vá desconectado: embora na pousada que ficamos tivesse wifi, a velocidade não era das mais altas (lembrando que o lugar não tem infraestrutura)
→ Roupas leves
→ Protetor solar, chapéu e ocúlos escuros são bem vindos!

#pelomundocommanu em Costa Dourada

No mais, aproveite o lugar e desconecte-se!

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05 fevereiro, 2018

Riacho Doce: o encanto que separa a Bahia e o Espírito Santo

Localizada no extremo norte do Espírito Santo, a praia de Riacho Doce vai além do título de última praia da costa capixaba. Conhecida pelo seu ar bucólico e ares de deserta,volta e meia aparece no topo das eleições de praias desertas mais bonitas do Brasil.

Mas o que tem nesta praia para tanto encantar?

Praia de Riacho Doce

Possivelmente parte da mídia associada a praia de Riacho Doce  vem de uma minisséria exibida pela emissora Globo na década de 90, de nome Riacho Doce, onde o cenário eram as paradisíacas praias de Pernambuco. E pelo nome, muitos turistas ainda vão a este bucólico recanto capixaba em busca do cenário da referida minissérie.

E na nossa little roadtrip, Riacho Doce foi nosso segundo ponto de parada. Saímos de Itaúnas (mais detalhes aqui!), de onde são aproximadamente 16 quilômetros de distância. O acesso a Riacho Doce se dá por estrada de terra batida, em meio a fragmentos florestais e muita plantação de eucalipto. Durante o percurso muitos são os entroncamentos na estrada, que se não fosse a disponibilidade do Celsão (dono de uma pousada e restaurante próximo a praia) faria muitos turistas se perder pelo caminho. As placas do Celsão merecem todo o destaque, devido a sua irreverência e amabilidade. Chegando próximo ao destino é possível avistar as banderolas coloridas da Pousada do Celsão.

Na dúvida, siga as placas do Celsão!

Um pouco do caminho até Riacho Doce

Chegando a Praia de Riacho Doce e de quebra a Pousada e Restaurante do Celsão

A partir do Celsão é andar mais cerca de 1 quilômetro com o carro, estaciona-lo e andar mais ou menos outro quilômetro a pé pelas areias da praia para chegar no ponto alto deste paraíso: o riacho Doce - rio de águas vermelhas que encontra a praia e muda ali as cores do mar. Caso deseje atravessar o riacho, já pode-se dizer que estás na Bahia.

O Celsão oferece um estacionamento próximo ao restaurante e pousada, mas caso deseje guardar a energia para outra ocasião, a outro estacionamento a uns 500 metros a frente. Aqui paga-se para deixar o carro na sombra (coisa de 5 reais), e imagino que no verão as barraquinhas que encontramos fechadas devem oferecer os produtos ofertados nas placas (água e água de coco).

Estacionamento do Celsão

Estacionamento próximo a praia

Manu aproveitando para já curtir o lugar com o chapéu Panama

A gente ainda nem chegou na praia e já tá encantado com o lugar!

Agora é andar só um pouquinho e já chegamos a praia. Mas como já descrito, o ponto alto aqui são as águas do riacho que desaguam no mar. E para isso, é necessário uma caminhada de leve pela praia. 

Logo que chegamos próximos ao mar já dava para ver suas águas marrons e translucidas, provenientes da coloração do riacho. E que diferente foi esta cena - principalmente para nós, que quando havíamos estado em Riacho Doce (a long time ago) vimos um riacho tímido, de vazão reduzida e sofrendo com a seca que à época assolava a região.

Chegando a praia de Riacho Doce

A caminho do riacho - e já morrendo de amores pela paisagem

Praia de Riacho Doce - uma das praias desertas mais bonitas do Brasil

Chegando próximo ao riacho, percebemos que as águas deste estavam caudalosas, encaminhando para o mar toda a chuva que a região estava recebendo naquele mês de novembro. De acordo com os relatos dos comerciantes dali, o rio 'havia estado tão forte' que extravassou seu caminho natural, e levou consigo parte das cabanas que pelo lado baiano dão suporte ao balneário.

Riacho Doce

Rio correndo para o Mar

Na maré baixa até era possível atravessar o riacho Doce e curtir um pouco das cabanas, mas preferimos ficar no lado capixaba mesmo, e curtir apenas uma margem do balneário.

Como na nossa cabeça atravessaríamos e curtiriamos a piscininha que geralmente forma o riacho (o Capixaba da Gema mostou um pouco no post sobre lá) e as comodidades das cabanas, não levamos guarda-sol. Aí a alternativa foi utilizar muito protetor solar e chapéu, além de deixar nossas coisas na sombra dos coqueiros.

Curtindo a nova configuração de Riacho Doce

E 'muros' de areia foram formados, mostrando por onde o rio passou dias antes

A gente havia levado uma pequena caixa térmica com algumas long-necks, água, suco congelado, biscoito e frutas (maças e goiabas) para passar a manhã. A ideia era almoçar na praia, mas como por prudência não atravessamos o riacho com Manu, curtimos o local até umas 14 horas, e deixamos para almoçar o Celsão.

Achamos às margens do riacho uma piscininha boa para Manu, e por ali ela se esbaldou. Como não carregamos brinquedos de praia (prática comum aqui em casa), a brincadeira foi fazer castelinhos de areia, lagos e piscinas para a Mulher Maravilha (brinquedo autorizado a viajar conosco) se aventurar.

Nosso cantinho às margens do riacho Doce
Será que a pequena curtiu?

Curtindo o céu azul da divisa do ES-BA

Aquela foto natural

Os muros de areia formados com as chuvas de novembro

Depois de curtir uma manhã em uma das praias desertas deste Brasilzão, hora de dar tchau ao nosso último ponto capixaba da viagem. Riacho Doce tem uma beleza única, uma atmosfera diferenciada e todo um ar bucólico único que ficará na memória.

Riacho Doce - até breve!

Para chegar a praia, além do percurso de carro que fizemos, também é possível sair de Itaúnas e ir de bike ou a pé - numa trilha pela praia. Estas opções não foram avaliadas como viáveis pela gente pelo simples fato de que dali partimos para nosso próximo destino - a Bahia, mas caso esteja planejando ficar em Itaúnas, não descartes estas opções. Também tem passeios saindo de Itaúnas e indo de bugre (boa parte pelo mesmo caminho que fizemos de carro).

Embora tenha perdido as fotos (sorry!), a Pousada e Restaurante do Celsão foi uma grata surpresa. Não estava nos planos, mas como já relatado, acabamos almoçando por lá. Pagamos cerca de 70 reais pra almoçar os três, a la carte, com uma cardápio tipíco e servido de forma diferenciada: são diversas pequenas porções de tudo o que tiver no dia. No nosso, veio galinha com quiabo, carne de porço de panela, linguiça artesanal, banana da terra frita, arroz, feijão, salada de alface, tomate e pepino, macarrão, polenta, abobora cozida e salada de cenoura com chuchu. Para acompanhar, pedimos suco de manga (natural) e de sobremesa, cocada. No total, a conta não passou de 90 reais - que devem ser pagos em dinheiro. Além de uma comida com um tempero mais que especial, a vantagem do Celsão e que ele te recebe com o maior sorriso do mundo, conta um pouco dos causos e do porque escolheu aquele lugar para viver. O amor dele e de sua esposa pelo Riacho Doce é lindo de se ver!

Super satisfeitos com o lugar, o papo e a refeição, seguimos a viagem tendo a certeza que colocar Riacho Doce no roteiro foi mais que uma boa pedida!

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